Além da qualidade dos alimentos, é crucial controlar a sua quantidade com o propósito de evitar, dentro da medida do possível, o excesso de peso (as mulheres grávidas só necessitam à volta de 300 calorias diárias a mais do que aquelas que consomem habitualmente).
Claro que não é a mesma coisa engravidar quando se está com um peso normal, ou iniciar a gestação com peso menos (deve-se comer as mesmas coisas, mas em maior quantidade), ou ainda estar acima do peso ideal (neste caso, devem reduzir-se as quantidades, seguindo escrupulosamente as recomendações de um especialista).
O ideal é consumir alimentos frescos, saudáveis, preferencialmente biológicos, e o menos condimentos possível. Por outro lado, quanto mais variada for a dieta, maior certeza terá de conseguir todos os nutrientes necessários. No fundo, a alimentação da grávida não é muito diferente (e, claro, não é preciso comer por dois) e só em alguns aspetos ou casos especiais será conveniente fazer determinados ajustes.
Aqui ficam alguns conselhos para seguir uma alimentação correta:
- Não há alimentos proibidos. O importante é que haja um certo equilíbrio entre hidratos de carbono (massa, arroz, leguminosas), proteínas (carne, peixe, ovos) e gorduras (azeites); que comamos o que necessitamos (nem mais, nem menos); e que apostemos na variedade.
Em relação à forma de cozinhar os alimentos, devemos inclinar-nos para as menos gordurosas (grelhado ou cozido é sempre melhor que frito), embora sem qualquer tipo de fanatismo.
- Fazer cerca de seis refeições por dia, em vez das tradicionais três principais, dado que a demanda de glicose e de nutrientes por parte do feto é constante. Se passamos muito tempo sem comer, podemos sentir-nos fracas e cansadas.
- As refeições principais devem conter hidratos de carbono (são a maior fonte de energia e fornecerão a glicose que o feto pede), proteínas (são o elemento base da formação dos seus ossos, músculos, órgãos e vísceras) e gorduras monoinsaturadas, preferencialmente azeite virgem (indispensáveis porque asseguram o funcionamento do organismo, particularmente do sistema nervoso, e facilitam a absorção das vitaminas A, D, K e E.
- Recomenda-se comer duas ou três peças de fruta por dia para beneficiar das suas vitaminas e evitar a prisão de ventre (contêm fibra e são uma fonte de vitaminas e minerais).
- O leite também é importante nesta época: aconselham-se uns três copos diários, ou complementá-los com os seus derivados (como iogurte ou queijo). O leite e os produtos lácteos em geral são muito ricos em proteínas, para além de proporcionarem cálcio, vitamina B12, A e D.
No caso de excesso de peso ou obesidade, é preferível comer produtos magros.
- É aconselhável beber entre 1,5 e 2 litros de líquido por dia, especialmente água, mas também sumos (naturais), infusões...
- Se tiver que comer fora, convém trocar os restaurantes de comida rápida pelos de comida caseira. Há muitos com boas ementas, e onde poderemos pedir trocas que nos pareçam oportunas ou que o médico nos exija.

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